Bairros devastados por incêndios no Chile deixam centenas de desaparecidos e mais de 123 mortos, apontam autoridades

Após incêndios florestais devastarem bairros inteiros no centro do Chile nos últimos dias, voluntários estão se unindo para combater os danos deixados pela tragédia. Ainda desolados com a tragédia, moradores enfrentam o desafio de lidar com a destruição enquanto as autoridades elevam o número de mortos para 123 e centenas de pessoas ainda continuam desaparecidas.
Os incêndios, que tiveram início na última sexta-feira, destruíram mais de 3 mil casas e outros edifícios públicos nas cidades de Viña del Mar, Quilpé e Villa Alemana, localizadas na região de Valparaíso. A situação desoladora atingiu principalmente bairros mal construídos das montanhas ao redor de Viña del Mar, popular cidade balneária no país.
Nas periferias mais atingidas, como o bairro de Villa Independencia, os moradores expressam a tristeza de perder seus pertences e suas histórias. Muitos, como Priscila Rivero, viram suas casas inteiramente consumidas pelo fogo, levando consigo memórias e lembranças preciosas.
Uma das preocupações das autoridades é com a possibilidade de os incêndios terem sido provocados intencionalmente. A situação foi agravada devido ao clima seco, ventos fortes e baixa umidade, que ajudaram a disseminar rapidamente as chamas pelo terreno. O presidente chileno, Gabriel Boric, estava em contato com os parceiros norte-americanos, e Joe Biden prontificou-se a prestar assistência.
Com a expectativa de que a situação possa atrair saqueadores, a polícia pediu para que os cidadãos permaneçam em suas casas. Enquanto isso, escolas e edifícios públicos estão servindo como pontos de arrecadação de doações para ajudar as vítimas, que nesse momento de desolação têm noções de reconstruir suas vidas e lares. Joe Biden ofereceu assistência ao Chile, caso seja necessária.

Na busca por recomeçar a vida, alguns moradores estão se unindo para enfrentar os desafios. Marco Delgadillo, morador do bairro de Villa Independencia, planeja reconstruir a casa que levou 25 anos para erguer, mas ressalta que a tarefa é árdua, uma vez que o terreno, que não tinha habitação autorizada, não garante um retorno fácil. A situação é agravada pela proximidade do inverno no hemisfério sul, quando o apoio do governo municipal é esperado. Apesar das perdas, os moradores mantêm a esperança de resgatar o que restou das chamas e criar novas memórias para o futuro.

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