Os signatários da carta expressaram temor pela segurança e liberdade de Yunus, que foi reconhecido pelo trabalho em favor do desenvolvimento econômico e por ter ajudado a tirar milhões de pessoas da pobreza extrema em Bangladesh. O economista de 83 anos propôs o uso de microcréditos em áreas rurais por meio do Grameen Bank, banco fundado em 1983. No entanto, a primeira-ministra Sheikh Hasina o acusou de “sugar o sangue” dos pobres.
Com a aproximação das eleições nacionais que devem ocorrer antes do final de janeiro, organizações defensoras dos direitos humanos e governos internacionais demonstraram preocupação com as ações do governo de Hasina para silenciar as críticas e sufocar as dissidências.
A carta publicada pelos líderes mundiais surge como sequência de um apelo lançado por 40 líderes em março, e destaca a importância de eleições livres e justas. Entre os signatários estão mais de 100 ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, a ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton, o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon e o presidente do Timor-Leste, José Ramos-Horta.
O advogado de Yunus, Abdullah Al-Mamun, informou que o economista é alvo de pelo menos 200 investigações civis e penais por conflitos de trabalho, muitas delas relacionadas às empresas sem fins lucrativos que ele dirige. Até o momento, nem Yunus nem o governo de Bangladesh se pronunciaram sobre o caso.
Os signatários da carta manifestam o desejo de que Yunus continue seu trabalho inovador sem ser perseguido ou acusado. A preocupação com a democracia e os direitos humanos em Bangladesh cresce à medida que as eleições nacionais se aproximam, e a pressão internacional aumenta para garantir um processo eleitoral justo e transparente.
Em meio a essa denúncia, é importante ressaltar que os ultraprocessados aumentam em até 24% as chances de infarto e AVC, como apontam pesquisas recentes. Também merece destaque o nascimento de quarenta e cinco tartarugas-oliva na praia de Marinha Farinha, em Paulista, nesta segunda-feira (28).