Pianista de 14 anos nos EUA amputada por doença rara: síndrome do choque tóxico. Grande impacto na vida da jovem.

No mês de junho, nos Estados Unidos, um jovem pianista de 14 anos teve que passar por uma experiência extremamente traumática. Mathias Uribe apresentou sintomas de um resfriado comum, mas em poucas semanas sua saúde piorou drasticamente e ele teve que ser levado às pressas para a sala de emergência. Lá, foi constatado que ele estava sofrendo da síndrome do choque tóxico, uma condição grave que ocorre quando infecções liberam toxinas na corrente sanguínea.

Os médicos responsáveis pelo caso afirmaram que os pulmões de Mathias começaram a falhar, o que fez com que ele precisasse ser colocado em uma máquina de suporte à vida. No entanto, seu corpo teve dificuldade em bombear o sangue adequadamente, resultando na gangrena e apodrecimento da pele de suas mãos e pés. Infelizmente, a única alternativa foi amputar todos os quatro membros.

A pediatra Katie Boyle, que lidera a equipe de cuidado de Mathias, chamou o caso de “extremamente raro”, destacando que, embora seja possível uma infecção bacteriana surgir a partir de uma gripe, a maioria das crianças não fica tão doente quanto Mathias. No caso dele, a síndrome do choque tóxico foi causada pelo estreptococo.

A síndrome do choque tóxico, também conhecida como SCT, é uma condição grave em que o corpo se intoxica devido à ação de toxinas liberadas por bactérias. Geralmente, a síndrome surge como consequência de uma infecção bacteriana, comumente associada às bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. É considerada uma emergência médica, exigindo tratamento imediato e internação hospitalar.

Os principais sintomas da síndrome do choque tóxico incluem febre alta, dificuldade para respirar, disfunção renal e hepática, pressão arterial baixa, confusão mental, dores de cabeça, musculares e abdominais, além de náuseas, vômitos e diarreia. A pele e as mucosas também podem apresentar avermelhamento.

No caso específico de Mathias, a síndrome do choque tóxico foi causada pela bactéria estreptococo do grupo A, que é comumente encontrada na garganta e na pele. Embora geralmente seja benigna, em casos em que o sistema imunológico já está enfraquecido por outra infecção, a pessoa se torna mais vulnerável a essas bactérias.

Após sofrer uma parada cardíaca no dia 30 de junho, Mathias foi transportado de helicóptero para um hospital equipado com uma máquina de suporte à vida. No entanto, após 20 dias de tratamentos intensivos, os médicos tiveram que amputar suas mãos e pés, pois os membros não receberam fluxo sanguíneo suficiente durante esse período. A situação do adolescente se agravou ainda mais devido à sepse, uma inflamação que faz com que o sangue coagule e se torne espesso, dificultando a circulação e causando morte de tecidos.

A sepse é uma emergência médica conhecida como “assassino silencioso”. Ela ocorre quando produtos químicos liberados na corrente sanguínea para combater uma infecção causam inflamação em todo o corpo, levando à falência dos órgãos. É uma condição extremamente perigosa e requer cuidados médicos imediatos.

No caso de Mathias, o tecido gangrenoso teve que ser removido para evitar a propagação da infecção. Em 21 de julho, sua perna esquerda foi amputada logo abaixo do joelho, seguida pela perna direita quatro dias depois. Por fim, em 1º de agosto, suas mãos foram removidas.

Esse caso serve como um alerta para a importância de buscar atendimento médico adequado diante de sintomas persistentes e para o cuidado necessário para evitar infecções bacterianas que possam levar à síndrome do choque tóxico. A situação de Mathias é uma prova de como essa doença pode ser devastadora e deixar sequelas permanentes.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo