A decisão de incluir as vacinas da Covid-19 no Progama Nacional de Imunizações (PNI) a partir de 2024 foi anunciada pela pasta da Saúde no final de outubro e representará uma mudança importante, já que as vacinas contra a Covid-19 serão remodeladas a cada ano, assim como o imunizante contra a Influenza.
Segundo a ministra, a inclusão das vacinas contra a Covid-19 no calendário de vacinação para menores de 5 anos segue as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela destacou também que a vacinação infantil contra a Covid-19 foi uma das mais impactadas pela disseminação de fake news sobre vacinas e pela hesitação dos pais em imunizar os filhos.
No início do mês, o jornal O Globo divulgou informações que mostram que cerca de 9,6 milhões de crianças brasileiras entre 6 meses e 4 anos continuam sem tomar sequer a primeira dose do esquema vacinal contra Covid-19, o que representa 74% da população nessa faixa etária no país, estimada em 13,1 milhões.
A pasta da Saúde justificou que a submissão do debate para a opinião pública foi alvo de críticas por especialistas, que na ocasião apontaram o caráter técnico da decisão e criticaram a demora em iniciar a vacinação com o processo.
O debate sobre essa questão se manteve por um longo período, mas, em outubro de 2022, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização do Programa Nacional de Imunizações (CTAI) recomendou a vacina para a faixa etária. A pasta, no entanto, inicialmente tinha dado o aval apenas para indivíduos com comorbidades. Segundo a Fiocruz, em 2022 o Brasil registrou uma morte por dia entre crianças de 6 meses a 5 anos devido à Covid-19.
A inclusão das vacinas contra a Covid-19 no calendário de vacinação para crianças é uma decisão que gerou debates e polêmicas, mas representa mais um passo no combate à disseminação do vírus e na proteção da população infantil. O anúncio de inclusão das vacinas para essa faixa etária a partir de 2024 é um marco histórico na luta pela saúde das crianças brasileiras.